A Companhia Paranaense de Energia (Copel) protocolou hoje (26) na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) os cálculos que subsidiarão a decisão da agência reguladora sobre o reajuste tarifário da estatal que entra em vigor em 24 de junho. No entanto, a Copel e a Aneel não divulgaram o percentual do pleito que foi encaminhado ontem.
A previsão que circula no mercado de energia é que o reajuste solicitado pela estatal paranaense tenha sido de 30%. No final de março, o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, disse, em entrevista à Folha, que não esperava um reajuste menor que dois dígitos para este ano. A Aneel informou ainda que a reunião para decidir o valor do reajuste da Copel deve acontecer provavelmente no dia 17 de junho.
Depois que a estatal paranaense faz a solicitação, a agência reguladora analisa o pedido e autoriza qual será o percentual de aumento. Em seguida, o governo do Estado decide se vai aplicar ou não o percentual total autorizado pela Aneel a partir de 24 de junho.
De acordo com a Copel, quatro variáveis vão influenciar na definição do aumento deste ano como os custos operacionais da estatal já definidos em 1,5%; componentes financeiros; o diferimento de 4,27% que sobrou do reajuste do ano passado; e a parcela A, que é relativa à compra de energia no mercado livre.
No primeiro trimestre do ano, a Copel Distribuição registrou um prejuízo de R$ 14,6 milhões por sofrer com o alto custo da compra de energia. Já o balanço total da companhia, também do primeiro trimestre, apontou um lucro líquido de R$ 583 milhões contra R$ 398 milhões no mesmo período do ano passado, o que significa um crescimento de 46,3%.