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Copavi

Cooperativa do Paraná se prepara para ter o selo de orgânico na produção de leite

Redação Bonde com assessoria de imprensa
14 dez 2016 às 19:38

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No noroeste do estado, em uma cidadezinha chamada Paranacity, com pouco mais de 11 mil habitantes, a Cooperativa de Produção Agropecuária Vitória Ltda (Copavi) está a todo vapor. Depois de quatro anos, os agricultores rurais da cooperativa se preparam para ter, pela primeira vez, toda a produção agropecuária orgânica. Esse marco será feito com um dos itens mais difíceis, o leite. Se tudo der certo, a partir de fevereiro de 2017, moradores de municípios próximos a Paranacity já poderão comprá-lo com o selo de produto totalmente orgânico.

Segundo dados divulgados pelo governo do Paraná, o Estado fecha 2016 com o título de maior produtor de alimentos orgânicos do País e o segundo com o maior número de propriedades certificadas para a produção de orgânicos. São 1.966 propriedades, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atrás apenas do Rio Grande do Sul.

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Vice-presidente da Copavi, Solange Parcianellu Pellenv, de 54 anos, conta que o carro-chefe da cooperativa é a cana-de-açúcar e, desta matéria-prima, saem o melado e a cachaça, ambos orgânicos. A plantação de verduras também leva o selo e a expectativa agora é pelo leite.

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"Temos minilaticínios, embalamos o leite à mão e entregamos em três municípios, no entanto, ainda como produto convencional. Estamos há quatro anos na luta, fechando o ciclo de um ano, sem adubação, sem antibiótico, com todos os cuidados, para ter esse selo", explica Solange.

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Além do sonho de transformar toda a propriedade em produção agroecológica, a agricultora conta que a mudança também reflete na renda. Um exemplo: o que eles ganham, hoje, com a venda do leite produzido por 200 cabeças de gado, seria substituído pela produção de apenas 40, sendo essa uma produção totalmente orgânica.


Políticas públicas

Um dos incentivos governamentais mais acessados pelos 38 agricultores associados à Copavi é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Eles atendem cerca de 29 municípios com bolos, bolachas e verduras. "Ajuda demais. É uma forma que temos de escoar nossos produtos. É um bom programa porque a gente planta, vende e tem o dinheiro certinho ali. Isso é uma segurança para as 22 famílias que vivem aqui", garante Solange. Além do Pnae, os agricultores também acessam o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que financia projetos individuais ou coletivos.


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