Depois de uma ligeira queda em setembro, o otimismo do consumidor brasileiro voltou a crescer em outubro, de acordo com o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), trabalho divulgado nesta sexta-feira, 5, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No mês, o indicador apresentou alta de 2% e atingiu os 120,7 pontos, ultrapassando o recorde anterior, de agosto deste ano, quando chegou a 119,3 pontos.
Segundo a CNI, a melhora das perspectivas dos consumidores na comparação com setembro se deve, principalmente, às melhores avaliações em relação ao desemprego e à inflação. Ante o mês anterior, o indicador que mede expectativa sobre a evolução do emprego teve aumento de 6% e também atingiu seu maior patamar desde o início da série histórica, em 2001.
Da mesma forma, o índice de expectativa de inflação melhorou 5,9% em outubro, alcançando sua maior pontuação desde setembro de 2006. Além disso, a proporção de consumidores que afirmaram ter reduzido suas dívidas também aumentou, com o índice de endividamento mostrando melhora de 3,3% no mês, chegando também a um patamar inédito para a pesquisa.
O índice de compras de bens de maior valor também cresceu em outubro, mas em menor velocidade, com expansão de 0,5%. Já o indicador de situação financeira dos consumidores se manteve quase estável, com queda de 0,1%, mas ainda acima de sua média histórica.
De acordo com a CNI, apenas as perspectivas de evolução da própria renda se deterioraram em outubro, com queda de 1,3% na comparação com o mês anterior. Ou seja, apesar de enxergarem com otimismo o cenário econômico do País, os consumidores têm menos expectativa de aumento de seus rendimentos nos próximos meses.