Os trabalhadores das indústrias da construção civil de Curitiba e Região Metropolitana entram em greve nesta terça-feira (21) por tempo indeterminado. Ontem, a categoria realizou uma assembleia no final da tarde na Praça 19 de Dezembro, na Capital, para organizar a paralisação que pode reunir cerca de 35 mil pessoas. As principais reivindicações são a reposição da inflação (5,44%) mais 14% de aumento real e a correção de 20% do vale-alimentação.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Curitiba e Região Metropolitana (Sintracon), Domingos Oliveira Davide, disse que a greve pode atrasar o cronograma das obras.
‘Estamos surpresos com isso (a greve). Fizemos seis rodadas de negociação’, disse o vice-presidente na área de política e relações do trabalho do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), Euclésio Finatti. Ele lembrou que nos últimos cinco anos, a categoria já acumula ganho real de 16,6%. Segundo ele, a última proposta do sindicato patronal foi 10% de reajuste.
Finatti prevê que o movimento se concentre nos grandes canteiros de obras da Capital. Hoje, 95% das empresas do setor são de pequeno e médio porte e têm até 100 funcionários. Hoje de manhã acontece uma nova rodada de negociação entre patrões e trabalhadores na Superintendência Regional do Trabalho, em Curitiba.