A confiança do consumidor subiu 6,2 pontos em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal, informou nesta quarta-feira, 25, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 79,3 pontos.O resultado compensa parte das perdas acumuladas nos dois meses anteriores, de 6,7 pontos.
"A alta da confiança em janeiro está relacionada às expectativas de melhora do ambiente econômico com a queda na inflação e a aceleração do movimento de redução das taxas de juros prevista no curto prazo", avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em janeiro, houve acomodação das avaliações em relação à situação atual, mas uma expectativa menos negativa em relação ao futuro da economia, finanças, emprego, compras, inflação e taxa de juros. O Índice da Situação Atual (ISA) avançou 2,9 pontos, para 68,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 8,3 pontos, para 88,1 pontos.
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"Embora os níveis de incerteza ainda sejam altos e as perspectivas para o mercado de trabalho continuem ruins neste primeiro semestre, as boas notícias da virada de ano aumentam as chances de uma recuperação da confiança ou, por enquanto, alívio da desconfiança nos próximos meses", completou Viviane, na nota.
A satisfação do consumidor com relação à situação financeira familiar ficou em 61,6 pontos, uma alta de 4,3 pontos em relação ao mês anterior, quando atingiu o piso histórico de 57,3 pontos.
Entre os componentes do ICC, o item que mede o otimismo em relação à situação econômica nos seis meses seguintes foi o que mais contribuiu para a alta da confiança em janeiro. O subitem avançou 8,4 pontos, após uma perda de 9,6 pontos acumulada nos dois meses anteriores.
O aumento da confiança ocorreu em todas as faixas de renda pesquisadas. As famílias que recebem entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 mensais foram as que mais contribuíram para o avanço no ICC, com alta de 11,3 pontos na confiança, para o maior nível desde janeiro de 2015.
A Sondagem do Consumidor coletou informações de mais de dois mil domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 2 a 21 de janeiro.