A confiança do consumidor subiu 3,5 pontos em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira, 24, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fechou o mês em 67,9 pontos. O resultado sucede quedas de 2,7 pontos em abril e de 1,4 ponto em março.
"Embora a alta do ICC somente compense a queda dos dois meses anteriores, houve expressiva melhora das expectativas em maio e, pela primeira vez desde dezembro de 2013, o consumidor não está pessimista em relação à evolução da economia nos meses seguintes", avalia a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem, em nota oficial.
"Como o novo governo não teve tempo para mudanças, parece que o desfecho da primeira fase do processo de impeachment alterou positivamente o humor de uma parcela dos consumidores, talvez em função da percepção de redução das incertezas", acrescentou.
O resultado de maio foi influenciado principalmente pela percepção em relação ao futuro. O Índice de Expectativas (IE) avançou 5,3 pontos ante abril, na maior alta desde outubro de 2011, para 71,1 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,8 ponto no período, para 65,5 pontos.
Na comparação de maio contra igual mês do ano passado, o ICC recuou 5,1 pontos. O índice, calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), tem média histórica, que considera os últimos cinco anos, em 100,0 pontos.
Segundo a FGV, o levantamento abrange amostra de mais de 2,1 mil domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 02 e 19 deste mês.