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Confiança do consumidor atinge 2º melhor nível da série

23 jun 2010 às 15:24

Favorecido pelo bom momento da economia, e por notícias otimistas em relação ao mercado de trabalho e à renda, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) atingiu em junho o segundo melhor nível da sua série histórica, iniciada em setembro de 2005, segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Aloísio Campelo.


A confiança do consumidor este mês, com 118,5 pontos (em uma escala de 0 a 200 pontos), só não foi maior do que a apurada em março de 2008 (120,0 pontos), antes da crise global. Em junho, o cenário foi tão positivo que o consumidor até absorveu o impacto do fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), e registrou o mais alto patamar de intenção de compra de bens duráveis, como automóveis e geladeiras, em mais de dois anos.


O ICC subiu 1,9% em junho ante maio, a segunda maior variação do ano, perdendo apenas para a de abril, quando o indicador subiu 3,7% contra o mês anterior. Na prática, não houve nenhuma notícia nova em junho que ajudou a impulsionar o avanço da confiança. Campelo observou que a continuidade de boas notícias da economia ajudou a montar o cenário favorável mostrado pelo indicador em junho.


Recuperação


O especialista da FGV observou que a confiança do consumidor sofreu baques sucessivos no final de 2008 e início de 2009, por conta da crise financeira internacional. As medidas de incentivo fiscal anunciadas pelo governo no início do ano passado, como a redução do IPI dos automóveis e produtos de linha branca, tiveram impacto na melhora de intenção de consumo das famílias. Mas na avaliação de Campelo, a recuperação sustentável da confiança começou apenas em julho do ano passado, de forma gradual e ainda mostrando sinais de cautela, por parte do consumidor.

Campelo explicou que, no segundo trimestre deste ano, começou uma fase de ajustes, por parte do consumidor, que não mais contaria com incentivos fiscais para compras. Agora, o brasileiro percebe que a economia continua a mostrar sinais positivos, e que o mercado de trabalho mostra bom desempenho, com expectativas de abertura de vagas e facilidade na conquista de empregos, diz o economista, acrescentando que isso influencia o potencial de consumo do brasileiro.


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