Comerciantes estabelecidos em Curitiba tiveram um acréscimo de 4% no volume de vendas registrado durante o mês de março em relação a fevereiro (0,4% a mais que no mesmo período do ano passado), projetando o aquecimento do mercado e a estimativa de crescimento de 7% em abril. A sondagem conjuntural foi realizada pelo Instituto Datacenso sob a coordenação técnica do economista Cláudio Shimoyama, que é também consultor da Associação Comercial do Paraná (ACP), entidade mantenedora da pesquisa.
Os pesquisadores saíram a campo nos dias 4 e 5 de abril para entrevistar 200 comerciantes, dentre os quais 77% ocupam cargos de gerência ou supervisão e 23% são proprietários ou sócios de empresas consideradas micro (72%), pequena (23%), média (4%) e grande (2%). As empresas consultadas mantêm quadros de até nove empregados a mais de 100, dependendo do porte.
Os 200 consumidores foram selecionados na proporção de 50% entre homens e mulheres, com a faixa etária predominante de 36 a 45 anos (32%) e a renda familiar mensal de 70% dos entrevistados variando entre R$ 1.245 a R$ 3.110.
O valor médio das compras em março foi de R$ 328 e a preferência dos consumidores recaiu sobre artigos de vestuário, calçados, jóias e bijuterias, material de construção, supermercados, perfumes e celulares, entre outros itens.
No período pesquisado houve maior volume de vendas a prazo, sendo que o parcelamento com cartão de crédito foi a opção de 76% dos compradores. No acumulado do primeiro trimestre as vendas a prazo chegaram a 47% do volume total, e a taxa de inadimplência se manteve em 5%, a mesma relatada pelos comerciantes desde janeiro desse ano. Entretanto, no acumulado do primeiro
trimestre o volume de vendas foi inferior para 48% dos comerciantes ouvidos pelo Datacenso, superior para 28% e igual para 23%.