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Comércio eletrônico registra menor crescimento em 16 anos, diz Ebit

01 set 2016 às 14:23

Os resultados do e-commerce em 2016 mostram uma freada na tendência de crescimento dos últimos anos. Em termos nominais, o setor cresceu 5,2% em faturamento no primeiro semestre deste ano ante igual período de 2015, a primeira vez em que a expansão ficou abaixo de dois dígitos nos últimos 16 anos, de acordo com dados do estudo WebShoppers, da empresa especializada Ebit.

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Mesmo com esse desempenho mais fraco, as expectativas da Ebit são de retomada pela frente. Na avaliação do diretor de operações ou COO da Ebit, André Dias, o primeiro trimestre deste ano marcou o período mais fraco em vendas. A partir de maio, os resultados já indicaram crescimento da ordem de 10% e a expectativa é positiva para a segunda metade do ano, declarou.


O comércio eletrônico deve registrar estagnação no volume de mercadorias vendidas este ano na comparação com 2015, segundo o estudo. A projeção da companhia é de que as vendas online atinjam 106,5 milhões de pedidos, nível igual ao do ano passado.


Apesar de as vendas em número de mercadorias não crescerem, a expectativa é de que o faturamento das empresas aumente em razão de reajustes de preço. O CEO da Ebit, Pedro Guasti, avalia que a inflação do comércio eletrônico pode encerrar o ano na casa de 5% a 6%, em parte impulsionada por repasses de preço em razão da escalada do câmbio que afetou sobretudo o começo do ano.


A expectativa é de um arrefecimento dessa inflação, que chegou a alcançar 8% em junho ante o mesmo mês de 2015. "Os próximos meses tendem a ser de alívio caso o dólar se mantenha no atual patamar", avalia Guasti.


"Apostamos muito numa retomada neste segundo semestre, em especial porque vemos uma melhora nos indicadores de confiança do consumidor e teremos datas importantes, como a Black Friday", ponderou Guasti.


No entanto, parte da explicação para o cenário menos otimista que se desenha neste ano está no recuo das vendas online entre consumidores da classe C. Essa classe, que já chegou a representar metade do total de consumidores no passado, hoje atinge 37,5% dos compradores online.

Junto com a alta de preços, o comércio eletrônico observa também uma elevação do tíquete médio das compras em razão do aumento da procura por itens mais caros, sobretudo na categoria de smartphones, disse Guasti. O tíquete médio das vendas subiu 7% no primeiro semestre e a expectativa é de alta de 8% no acumulado deste ano ante 2015.


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