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Pesquisa da FGV

Com incerteza na economia, brasileiros estão adiando compras

Redação Bonde
25 ago 2014 às 14:32

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As incertezas em relação aos rumos da economia têm aumentado a cautela dos consumidores em suas decisões de compra. Segundo a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem do Consumidor da Fundação Getulio Vargas (FGV), gastos têm sido postergados diante da preocupação sobre o que vai acontecer com a economia e com o mercado de trabalho. Neste contexto, as eleições se apresentam como um componente adicional de incerteza.

Em agosto, as expectativas dos consumidores em relação à economia pioraram 3,9%, para o pior nível desde fevereiro de 2009. "Já é também uma preocupação com 2015, com quem vai entrar no governo, as atitudes que serão tomadas para mudar esse cenário de lentidão na economia", disse Viviane.

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"Li uma frase que define o quadro: o custo de oportunidade de esperar é baixo. A incerteza é tão grande que empresários e consumidores estão preferindo adiar investimentos e consumo do que fazer isso neste momento", adicionou a economista, que espera queda na renda gerada pelo consumo das famílias, mensurada no âmbito do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados serão divulgados na sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Em agosto, a intenção de compra de bens duráveis registrou baixa de 1,2%, o quarto recuo consecutivo, para o menor nível desde fevereiro de 2012. O dado corrobora a avaliação de que os consumidores seguem cautelosos. "Provavelmente teremos efeitos ainda no segundo semestre. Óbvio que esperamos melhora, mas não será forte do jeito que se acreditava que ia ser. O Banco Central liberou os compulsórios, mas não vai ser de imediato que os consumidores vão começar a consumir, isso ainda vai demorar um pouco", advertiu Viviane.


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