O Governo do Estado estuda uma solução para a dívida que o Paraná tem com o banco Itaú, que restou da privatização do Banestado, em 2000. O governador Orlando Pessuti determinou que a Secretaria da Fazenda e a Procuradoria Geral do Estado avaliem alternativas. "Queremos saber se é conveniente prosseguir no confronto jurídico ou se existe espaço para a negociação. Acordo só será feito se for dentro daquilo que o Paraná entende como justo", afirmou Pessuti, na Escola de Governo desta terça-feira (04).
A aprovação da resolução do Senado, extinguindo a multa e devolvendo valores retidos, foi considerada pelo governador "êxito pleno e total". No entanto permanece o impasse com o banco, que cobra o pagamento de títulos considerados podres, pela CPI dos Títulos Públicos, liderada pelo então senador Roberto Requião, em 1997. "Queremos tirar o Paraná desse imbróglio que ficou por conta da mal-sucedida e talvez até mal-intencionada venda do banco do estado", afirmou Pessuti.
CÁLCULOS
Os valores retidos pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que serão devolvidos com o perdão da dívida, ainda estão sendo calculados. "Fomos penalizados desde 2004. Agora eles terão que refazer esse cálculo para efetivamente termos claro e definitivo o valor que será devolvido", explicou o governador.
Além da devolução, o Estado do Paraná fica com seu cadastro liberado junto ao Governo Federal. "Isso é o mais importante, estamos com a nossa ficha limpa. O nosso cadastro, que estava reprovado, agora está aprovado devido ao trabalho de muitos anos", afirmou Pessuti.
UNIÃO
O governador agradeceu aos membros do executivo, deputados federais e senadores, que contribuíram para que o Estado se livrasse da multa. "Foi uma luta histórica, desenvolvida pelo governador Requião e pelos procuradores Sérgio Botto, Josélia Broliani e Carlos Marés", reforçou Pessuti, lembrando ainda os secretários Heron Arzua, Nestor Bueno, Ênio Verri, Alan Jones e o procurador Marco Antônio Beberberi.
O deputado federal Osmar Serraglio, citou Pessuti, teve atuação importante na formatação jurídica da proposta, bem com o senador Osmar Dias, ao conduzir o processo no Senado. "Conquistamos o apoio dos nossos 30 deputados federais. Aproveito para agradecer aqui ao deputado Rocha Loures, e aos deputados Ratinho Junior, Moacir Micheletto, Abelardo Lupion e Luis Carlos Hauly, que nos ajudaram a recolher as assinaturas e nas conversas", disse Pessuti.