O otimismo do consumidor brasileiro seguiu ficou praticamente estável em fevereiro, na comparação com janeiro, segundo levantamento divulgado hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Mesmo assim, o viés foi levemente negativo, já que o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) registrou queda de 0,2% em fevereiro ante janeiro - a quarta redução seguida. O indicador hoje está 4,6% abaixo do valor apurado em outubro de 2010.
"A desaceleração na atividade econômica, verificada desde fins de 2010 na indústria e no início do ano na construção civil, não alterou o otimismo dos brasileiros", avaliaram em nota os técnicos da CNI. No caso do indicador aberto, é possível verificar que as variáveis que o compõem apresentaram trajetórias distintas em fevereiro. O quadro mais claro é o de que os itens relacionados à renda, à situação financeira e ao endividamento são os que mais preocupam hoje.
De acordo com a CNI, o índice de expectativa da renda pessoal registrou o maior recuo da pesquisa (baixa de 2,2% em fevereiro ante janeiro), entre todos os indicadores do Inec. A parcela dos que esperam queda na renda subiu de 6% para 9% dos entrevistados, em um universo de 2.002 pessoas ouvidas de 13 a 17 de fevereiro em todo o País.
Já o indicador de situação financeira caiu 1,2% em fevereiro, na comparação com janeiro, e o índice de endividamento recuou 2,1% na mesma base de comparação. Em fevereiro, 22% dos entrevistados estimavam estar mais endividados nos próximos meses, ante 18% que tinham essa expectativa em janeiro.