Para o fumante, largar o vício, além de trazer benefícios para a saúde, pode trazer bons resultados para a vida financeira. Guardar o dinheiro gasto diariamente com o cigarro, que representa em média R$ 5 ao dia, e aplicar na poupança no final de cada mês, a longo prazo, pode representar a realização de um sonho, como uma viagem ou um carro zero popular.
O alerta feito pelo economista e membro do Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-Pr), Carlos Magno Bittencourt, é de que poucas pessoas param para refletir como o cigarro afeta o orçamento doméstico.
"Para uma pessoa que ganha o salário mínimo nacional, que é de R$ 465 (agora subiu para R$ 505,90), e gasta em média R$ 150 ao mês para sustentar o vício, está comprometendo 30% do seu dinheiro. Esse valor gasto mensalmente, se aplicado na poupança com juro de 0,5%, em aplicações regulares pelo período de 12 meses, chegaria a soma de R$ 1.859,59. Poupando este valor no decorrer de dez anos, ele acumulará R$ 24.704,81, o valor de um carro zero popular", analisa.
Carlos Magno Bittencourt observa que largar o vício também evita despesas extras com tratamentos de saúde, pois o fumante pode ter várias complicações causadas pela nicotina, e o custo do tratamento é elevado, podendo variar de R$ 500 a R$ 3 mil. "A pessoa que decide parar de fumar faz bem tanto para o bolso quanto para a saúde. A escolha de parar é uma decisão inteligente, pois isso gera menor impacto com a saúde e faz bem para a sociedade".
Atualmente, o cigarro afeta cerca de 240 mil curitibanos, 18% da população. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, a estimativa é que 11% dos falecimentos estejam relacionados ao uso do cigarro.
As informações são do Paraná Shop.