As centrais sindicais iniciam nesta terça, 18, manifestações em todo o País para reivindicar um reajuste do salário mínimo para R$ 580 e uma correção de 6,47% da tabela do Imposto de Renda (IR) que estaria defasada desde 1995. A manifestação foi decidida na semana passada, após a primeira reunião conjunta das seis principais centrais sindicais neste ano.
Caso a presidente Dilma Rousseff não respondesse até a última sexta-feira, 14, a um pedido urgente de audiência feito pelos sindicalistas, as centrais prometeram que dariam início as manifestações em, pelo menos, 20 Estados do País. Em São Paulo, o ato será realizado amanhã, na Avenida Paulista, na capital paulista, a partir das 10h30.
No início de janeiro, o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), protocolou emenda parlamentar que eleva o mínimo para R$ 580. O governo federal elevou o valor do vencimento mínimo de R$ 510 para R$ 540 a partir de 1º de janeiro, com correção de 5,88% e, na última sexta-feira, o valor subiu para R$ 545 a partir de 1º de fevereiro. A estratégia das centrais sindicais é abrir negociação tanto com o Palácio do Planalto como com o Congresso para tentar a aprovação de um valor maior e evitar um veto do Executivo.
Além de passeatas, as entidades pretendem ingressar na Justiça caso o governo federal não corrija a tabela do IR em 2011. "Desde 1995, a tabela do IR acumula defasagem de cerca de 70%", afirma o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves.
As centrais sindicais que organizam o movimento são a Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Nova Central, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).