O carnaval de rua deste ano no Rio de Janeiro foi preponderante para o aumento das vendas de bebidas. O percentual ficou em 25% ante o resultado do carnaval do ano passado. A informação foi dada pelo professor de varejo da Fundação Getulio Vargas (FGV), Daniel Plá.
Segundo ele, as vendas de bebidas nas ruas durante a passagem dos blocos alcançaram R$ 60 milhões. Daniel Plá disse que os destilados estão tomando o lugar da cerveja na preferência dos foliões de rua. "As marcas populares sumiram dos supermercados da zona sul no segundo dia do carnaval", observou. Ficaram disponíveis somente as marcas de cachaça mais caras, com preços variando entre R$ 30 e R$ 40. "Os supermercados deixaram de faturar por não terem se preparado para a demanda".
O comércio de fantasias e adereços também teve um bom desempenho em função do carnaval. A venda desse segmento passou dos R$ 30 milhões, tendo como destaque aquele que é considerado o maior shopping a céu aberto da América Latina, a Sociedade de Amigos da Rua da Alfândega e Adjacências (Saara), e também o Mercadão de Madureira. "Os camelôs fizeram a festa comprando as fantasias e adereços para, depois, vender nas esquinas por onde passavam os blocos". Os camelôs chegavam a cobrar até três vezes mais que os lojistas.
De acordo com Daniel Plá, também foi registrado aumento de preços no setor de alimentação, entre 20% e 30%.