A Câmara de Vereadores de Londrina volta a discutir nesta terça-feira (19) o projeto de lei 358/2012, que altera o zoneamento de uma área na Gleba Palhano, próxima à PR-445, para instalação de mais um hipermercado Angeloni na cidade.
O projeto começou a ser discutido em 20 de dezembro do ano passado, na última sessão de 2012, e gerou polêmica. O autor do projeto, vereador Rony Alves (PTB), disse à época que a lei da muralha, que havia sido derrubada pela Câmara, não havia caído 'na prática'. Tudo por conta de um parecer da Comissão de Desenvolvimento Urbano que questionava o impacto do empreendimento como polo gerador de tráfego na avenida Madre Leônia Milito.
Segundo a comissão, que à época tinha como membros Jacks Dias e Joel Garcia, para instalação do hipermercado seriam necessárias obras como o término do prolongamento da avenida Ayrton Senna transpondo a PR-445, faixa de desaceleração em frente ao empreendimento na Madre Leônia, deslocamento de pontos de ônibus na via além de docas com área mínima de 1,6 mil m² para operação de carga e descarga.
No entanto, um novo parecer apresentado pela atual comissão, presidida por Gaúcho Tamarrado (PDT), mostra-se favorável à tramitação do projeto. A Comissão de Justiça já não havia apontado empecilhos.
Um parecer técnico do IPPUL também pede adequações de compensação, como construção de dois quilômetros de ciclovia, plantio de árvores e disponibilização de espaço para realização de feiras de artesanato e produtos locais.
O grupo Angeloni adquiriu a área de 28,7 mil metros quadrados em setembro de 2010. O empreendimento deve gerar 450 empregos diretos. Em novembro de 2012, a empresa inaugurou o primeiro hipermercado em Londrina após a derrubada da Lei da Muralha, junto ao Catuaí Norte Shopping, na zona norte da cidade.