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Cadastro Positivo pode injetar R$ 1 trilhão na economia, aponta estudo da Serasa Experian

29 dez 2016 às 16:16

Levantamento da Serasa Experian revela que a implantação do cadastro positivo pode incluir 22,1 milhões de brasileiros que hoje estão fora do mercado de crédito, apesar de possuírem histórico favorável de adimplência. Esta constatação é baseada em simulações utilizando os modelos de scoring desenvolvidos pela Serasa Experian, consagrados internacionalmente.

O estudo da Serasa Experian aponta ainda a geografia da exclusão. Dos 22,1 milhões que poderiam ser incluídos com o cadastro positivo 9,1 milhões estão na região Sudeste; 5,5 milhões na Nordeste; 3,0 milhões na região Sul; 2,7 na Centro-Oeste e 1,8 milhões na Norte.


O número (22,1 milhões) representa 14,6% da população adulta atual do país (151 milhões); ou 19,7% da população que hoje tem acesso ao crédito (112 milhões) e 56% da população que hoje não tem acesso a crédito (39 milhões).


O cadastro positivo é uma metodologia muito mais abrangente e inclusiva de conceder crédito, na qual é analisado todo o histórico de endividamento do cidadão e a forma como ele paga suas dívidas contraídas com os bancos, com as empresas do comércio e com as de serviços (luz, água, telefone, gás). Avalia também os compromissos assumidos ainda a vencer com essas empresas.


Portanto, são valorizados os fatos positivos, os pagamentos honrados e não somente as eventuais dívidas não pagas que, atualmente, no Brasil, são superdimensionadas. Alem disso, resolve o problema do superendividamento, uma vez que mostra de forma clara se o consumidor tem espaço em seu orçamento domestico para contrair mais dividas.


As simulações da Serasa Experian atestam também que a introdução do cadastro positivo poderia gerar injeção da ordem de R$ 1,1 trilhão (17,4% do PIB) na demanda de crédito dos consumidores, agregando potencial de consumo equivalente a:


• 5,7 milhões de imóveis populares (R$ 851 bilhões; preço médio de R$ 150 mil)
• 3,6 milhões de automóveis populares (R$ 161 bilhões, preço médio de R$ 45 mil)
• 17,3 milhões de eletrodomésticos (R$ 35 bilhões; preço médio de R$ 2 mil)
• 15,5 milhões de eletroeletrônicos (R$ 31 bilhões, preço médio de R$ 2 mil


Esse potencial de consumo aumentaria a atual relação Crédito/PIB, que passaria dos atuais 50,3% para 67,6%.


O estudo revela ainda uma redução de juros para 74% da população adulta que hoje tem acesso a crédito (112 milhões de pessoas).

O Brasil é uma das poucas grandes economias globais que não conta com cadastro positivo. Nos países nos quais os dados positivos passaram a constar nos modelos estatísticos, entre os principais diferenciais, se verificou a maior inclusão das pessoas no crédito.


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