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Brasil tem uma das maiores recuperações pós-recessão

12 set 2009 às 16:33

O crescimento da economia brasileira, de 1,9% no 2º trimestre, representa um dos melhores resultado entre os países que estavam em recessão, segundo dados da agência de classificação de risco Moody's e da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

A maior recuperação do trimestre foi registrada pela Turquia (+ 2,7%), onde a economia encolheu durante quatro trimestres consecutivos. No Brasil, no entanto, foram dois.


Entre os países desenvolvidos, o que mais cresceu no 2º trimestre, em comparação ao 1º trimestre do ano, foi o Japão, com alta de 0,9%. O país vinha apresentando um PIB (Produto Interno Bruto) negativo desde o 2º trimestre de 2008, antes mesmo do agravamento da crise, em setembro do ano passado.


"O Brasil não apenas ficou pouco tempo em recessão, como também apresentou um dos maiores crescimentos no trimestre", diz Alfredo Coutinho, diretor para América Latina da Moody’s.


Enquanto no Brasil o crescimento foi puxado pelo consumo interno, no caso japonês o resultado foi impulsionado pela demanda externa, principalmente da China, e por maiores gastos do governo.


Europa


Alemanha e França também já tiraram o pé da recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de queda no PIB. As duas economias cresceram 0,3% cada.


Apesar do crescimento desses dois países, a União Europeia como um todo ainda se encontra em recessão. A economia do bloco encolheu 0,2% no 2º trimestre.


Uma das razões está no consumo das famílias. Com o aprofundamento da crise, os europeus deixaram de comprar. Investimentos e exportações também continuam negativos.


A Grã-Bretanha, um dos países mais afetados pela crise financeira internacional, registrou uma queda de 0,7% do PIB no 2º trimestre.


Américas, Índia e China


Pelo levantamento da Moody’s, o Brasil é o primeiro país da América Latina a sair de uma recessão neste ano.


Chile e México, dois dos principais países da região, ainda estão com dados negativos. O PIB chileno caiu 0,5% no 2º trimestre, enquanto o México registrou resultado ainda pior: queda de 1,1%.

Os Estados Unidos, foco da crise atual, continuam em recessão.


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