A oferta de serviços de internet e telefonia móvel está em expansão. A difusão do acesso à internet é uma das prioridades, a longo prazo, do mercado atual. Durante a 12 edição do Futurecom, evento de Telecom e TI realizado semana passada no Transamérica Expo Center, em São Paulo, o presidente da TIM, Luca Luciani, abordou a inclusão digital e apontou como deve ser o caminho para a sua realização no Brasil.
No País, 44 milhões de pessoas têm acesso à internet por smartphone, banda larga móvel ou modem. Segundo Luciani, o Brasil tem oportunidade muito grande de desenvolvimento nessa área, enquanto outros estão em crise. Apesar de ser o quarto maior mercado móvel do mundo, com crescimento anual de 12%, ainda se encontra com demanda reprimida porque o uso da telefonia móvel está numa média baixa, se comparado a outros países e isso encarece as tarifas. O minuto é mais caro porque o consumo é menor. Na Europa o consumo chega a média mensal de 300 minutos enquanto no Brasil alcança aproximadamente 106. Isso justifica a diferença nos valores, que aqui ficam em torno de R$ 0,10 e em países como a Índia, US$ 0,01.
Conforme Luciani, é necessário trocar a estrutura de oferta para chegar à demanda. Para expandir a inclusão, segundo ele, é importante competir, pois a concorrência desenvolve serviço e penetração; compartilhar, devido à necessidade de garantir mercado de atacado forte para evitar investimentos duplicados e cooperar, visando unir esforços públicos e privados para cobrir áreas não econômicas e viáveis para a competição. ''A competição fez baixar o preço em 50%'', observou. O mundo está chegando à soma de 5 bilhões de celulares .
Para ressaltar a união que a Vivo e Telefônica vivem desde a compra da operadora móvel pelo grupo espanhol, no final de julho, durante o Futurecom foi instalada uma ponte ligando os stands das duas marcas. Em coletiva à imprensa, o presidente do Grupo Telefônica no Brasil, Antonio Carlos Valente, anunciou que a marca deixará de existir comercialmente no País, em prazo não definido, e dará lugar à Vivo para as linhas fixa e móvel. Em outros países serão usadas as marcas Movistar e O2.
''O processo de migração dos serviços para a marca Vivo será gradual. A mudança só acontecerá no futuro, de forma segura, e nada em curto prazo'', afirmou. A Telefônica será mantida na esfera institucional. Segundo Valente, os orçamentos para os negócios fixo e móvel são ''muito ambiciosos'', no entanto, o Grupo deve cuidar para que o foco principal não seja desviado: ''Precisamos avançar no sentido de lançar soluções a médio e longo prazos''.
A integração com a Vivo fará do Brasil a maior operação da Telefônica, em número de clientes, entre os 25 países onde ela atua. O País passa a ser a segunda operação do grupo em termos de receitas, ficando atrás apenas da Espanha. A nova empresa, com criação prevista para 2011, será voltada a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços em comunicações. Segundo Valente, esta criação abre importantes oportunidades de parcerias com outras empresas e institutos de pesquisa brasileiros. (A jornalista viajou a convite da Vivo)