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Brasil será 4º mercado de carros do mundo

04 abr 2010 às 09:47

O Brasil vai subir um degrau no ranking mundial de vendas de carros e ocupar, neste ano, a quarta posição, atrás apenas da China, EUA e Japão. Na lista de maiores mercados, o País vai desbancar a Alemanha, dona do posto há sete anos.

A conta é da Roland Berger, consultoria de origem alemã que preparou estudo sobre a indústria automobilística brasileira que, em dez anos, saiu do décimo para a quarto lugar na lista.


O estudo projeta vendas de 3,2 milhões de automóveis e comerciais leves neste ano e potencial de chegar perto das 6 milhões de unidades em 2015. O número deste ano aumenta para 3,4 milhões se forem contabilizados caminhões e ônibus. A Alemanha, na quarta posição desde 2003, deve vender 2,8 milhões de unidades.


A China lidera nos dois quesitos: maior mercado consumidor e maior fabricante. A Coreia do Sul não aparece entre os dez maiores mercados, mas é a quinta maior fabricante. A Índia está na oitava posição em vendas e na sétima, em produção. Os emergentes são os principais concorrentes do Brasil. ''Para ter papel global nesse tabuleiro e manter-se é preciso ter competitividade e o Brasil tem diversas falhas nesse ponto'', constata Berger. Da falta de infraestrutura aos altos impostos, passando por burocracia e o ''custo Brasil'', há muito a ser feito.


O risco é de o País se transformar em grande importador, ao mesmo tempo em que mínguam as exportações. O estudo, que no Brasil foi coordenado por Stephan Keese, projeta que, a partir de 2015 o País poderá importar 1 milhão de veículos ao ano, número que pode ser antecipado. Em 2009, o País importou volume recorde de 488,9 mil automóveis e este ano deve se aproximar das 600 mil unidades, conforme prevê a Anfavea, que também trabalha com vendas totais este ano de 3,4 milhões de veículos.

Uma das razões de o carro brasileiro não ultrapassar fronteiras mais distantes é o alto custo: 37% maior que um carro médio indiano e o dobro de um chinês da mesma categoria. Em relação ao México, a diferença é de 82%. Segundo Keese, um corte definitivo de 10% nos impostos sobre a compra dos automóveis já resultaria em vendas adicionais de 488 mil veículos ao ano.


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