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Brasil é o 5º maior mercado para celular e internet

22 out 2009 às 18:08

O Brasil já é o quinto maior mercado para celulares e internautas no mundo. Os dados foram publicados nesta quinta-feira (22), pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em termos de penetração, porém, o País ainda está distante dos líderes. Outra constatação: mais de metade da fabricação e exportação de bens de tecnologia hoje ocorre nos países em desenvolvimento. Mas o Brasil é deficitário nesse setor e as exportações do País não chegam a 1% das vendas anuais da China ao mundo.

Segundo os dados da ONU, o País somou ao final de 2008 150,6 milhões de contratos de celulares. Em 2003, eram apenas 47 milhões. A liderança é da China, com 641 milhões de contratos de celulares, mais que o dobro da taxa de 2003. Na Índia são outros 346 milhões. Os dois países já ultrapassaram os EStados Unidos, com 270 milhões de celulares. Já a Rússia tem 187 milhões de contratos de celulares.


Em termos de penetração na população brasileira, a taxa é menos impressionante. O Brasil está apenas na 94ª posição entre os 191 países da ONU. 78% da população tem um celular. Em alguns países, já são dois celulares por cada habitante. Na Colômbia, 88% da população tem um celular. No Paraguai são 80% e 97% na Venezuela.


A ONU indica que o setor de celular conseguiu enfrentar de uma forma positiva a crise em 2009. No final de 2009, o número de contratos deve chegar a 4,9 bilhões no mundo. Em 2008, essa taxa era de 4 bilhões. Só a Índia somou 100 milhões de novos usuários durante o ano.


Internet


O número de internautas no Brasil também é o quinto maior do mundo em termos absolutos. São 50 milhões de brasileiros com acesso á rede ao final do ano passado. Em 2003, eram apenas 19 milhões. A líder é a China, com 298 milhões de pessoas com Internet. Há seis anos, o número era de apenas 77 milhões. Nos Estados Unidos são 190 milhões, contra 88 milhões no Japão. Na Índia, com mais de 1 bilhão de pessoas, o acesso está garantido para apenas 57 milhões de pessoas.


Mais uma vez, em termos proporcionais à população, o Brasil ocupa um lugar modesto no ranking. A taxa mostra que 25% da população brasileira tem acesso à rede, o que faz o País o 76º colocado em termos proporcionais. Em vários países europeus, mais de 60% da população tem acesso à rede.


No geral, a ONU aponta que a expansão da Internet nos países emergentes tem ocorrido a uma velocidade maior ao que foi registrado nos países ricos nos últimos anos. A tendência, portanto, é de que os países em desenvolvimento começam a recuperar o terreno em relação aos ricos. Em números absolutos, já existem mais internautas nos países em desenvolvimento que nos países ricos.


Mas as disparidades ainda são profundas. Mais da metade da população dos países ricos já está conectada. Nos países em desenvolvimento, a média é de 15%. Em muitos lugares da África, menos de 5% da população está conectada. No Congo, 1% da população tem Internet. Na Etiópia, 0,47% da população já acessa a rede.

Outro problema é ainda o custo da rede de banda larga. Na Austrália, com apenas 21 milhões de habitantes, há mais contratos com provedores de Internet de banda larga que em toda a África. "Há um longo caminho até superar essas diferenças", alertou o secretário-geral da ONU, Ban KI Moon.


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