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Brasil e EUA precisam acelerar Doha com urgência

10 mar 2007 às 16:35

As discussões sobre os pontos que travaram as discussões em meados do ano passado para o fechamento de acordos em torno da Rodada de Doha tiveram um avanço na manhã de sábado durante encontro de mais de duas horas entre o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e a representante comercial norte-americana, Susan Schwab.

Os dois debateram o tema que envolve tanto barreiras tarifárias como subsídios agrícolas e mercado globalizado, em uma sala reservada no Hotel World Trade Center, na capital paulista.


A reunião havia sido sugerida na sexta-feira pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, George W. Bush. Amorim esclareceu que não se tratava de uma negociação, porque só pode ocorrer com a participação dos demais países integrantes da Organização Mundial do Comércio (OMC).


Amorim, no entanto, disse que houve um sentimento mútuo sobre a necessidade de se concluir as negociações o mais rápido possível para evitar que as exaustivas reuniões sem resultados práticos possam postergar ainda mais a solução esperada. "Estamos em fase de testar as águas e vamos ver até onde elas podem chegar para que em algum momento possamos fazer uma negociação", disse o chanceler.

Embora não existam prazos estabelecidos, Amorim afirmou que está convencido de que a negociação final está próxima de acontecer. Ele adiantou que terá de contatar os parceiros do G-20 (grupo de países em desenvolvimento) e o Mercosul porque os encontros paralelos deverão se intensificar. Amorim mantém a expectativa de que haja um avanço até o final de abril.


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