A seguradora do Bradesco abre nesta semana a concorrência para interessados em adquirir sua operação de grandes riscos, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Com valor estimado em cerca de R$ 800 milhões, o ativo, que é cobiçado há anos pelo setor, teria sido ofertado, conforme fontes, a multinacionais como a suíça Swiss Re, as japonesas Tokio Marine e Yasuda Marítima, as alemãs HDI e Munich Re e a americana AIG.
Uma primeira rodada de conversas com alguns possíveis interessados, dentre eles Swiss Re e Yasuda, já teria sido feita, de acordo com as mesmas fontes.
No entanto, a Bradesco Seguros optou, segundo fontes a par das negociações, por fazer uma concorrência entre as seguradoras interessadas para vender sua operação de grande risco. A empresa entende que, em uma concorrência aberta a diferentes interessados, terá mais chance de obter preços melhores pelo ativo, seguindo o exemplo do concorrente Itaú Unibanco. A operação está sendo assessorada pelo Bradesco BBI.
Em comum entre as possíveis candidatas a levar o ativo estaria, de acordo com fontes de mercado, o apetite em crescer por meio de aquisições no Brasil.
Entre as favoritas em adquirir a carteira de grandes riscos da Bradesco Seguros estariam AIG, Munich Re e Swiss Re. A maioria das candidatas participaram também da concorrência pela operação do Itaú Unibanco.
Tendência
Seguradoras nacionais têm abandonado a atuação na área de grandes riscos devido ao fato de o segmento exigir especialização e grande escala, deixando o espaço aberto para as multinacionais focadas no setor de seguros. Isso porque, embora movimente cifras elevadas em prêmios, exige também fôlego para grandes sinistros.
No ano passado, a americana Ace comprou a carteira de grande risco do Itaú por R$ 1,5 bilhão e em maio último foi a vez da francesa Axa levar a operação da SulAmérica por R$ 135 milhões.
Procurada pela reportagem, a Bradesco Seguros informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comenta "boatos ou especulações de mercado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.