O Bradesco também entrou para o grupo de instituições que revisaram a previsão para o nível da taxa básica Selic no fim deste ano. Em relatório distribuído na noite desta sexta-feira (8), o banco revisou a expectativa para a taxa básica de 8% para 7,5% ao ano, o que engloba mais dois cortes de 0,50 ponto porcentual na Selic, que está atualmente em 8,50%. "A própria ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) explicitou o reconhecimento da autoridade monetária de que a recuperação da atividade econômica ''tem se materializado de forma bastante gradual''", observam os economistas da instituição, referindo-se ao documento divulgado na manhã desta sexta-feira e que narrou os temas e perspectivas que subsidiaram a decisão pelo corte de 0,50 ponto porcentual da Selic no encontro do Copom realizado nos dias 29 e 30 de maio.
No relatório, o Bradesco realinhou ainda suas previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do segundo trimestre, considerando que há sinais de uma retomada mais fraca do que o esperado da economia até o momento. "Preliminarmente, projetamos avanço entre 0,5% e 0,7% ante o primeiro trimestre", projetou o banco, que anteriormente trabalhava com uma projeção de 1,3% para o período compreendido entre abril e junho. Esse novo prognóstico preliminar embute a expectativa de resultados melhores da economia em junho, em resposta a medidas como os incentivos para a aquisição de veículos.
Nesta sexta-feira, a Bradesco Corretora já havia realinhado seus prognósticos para a Selic, assim como o Santander Asset Management, o Barclays Capital e o BTG Pactual. Para o grupo, a taxa deve cair 0,5 ponto em cada uma das duas reuniões do Copom, previstas para julho e agosto, para um patamar de 7,5%. Anteriormente, essas instituições vislumbravam que a queda da Selic pararia quando a taxa atingisse 8%.