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Botijões de gás ganham "roupa nova"

10 out 2009 às 12:14

Sujos, feios e pesados, os botijões de gás de cozinha feitos em aço, sempre atrelados ao consumo das classes de baixa renda, vão ganhar nova roupagem de olho num mercado mais elitizado. A Liquigás, braço da Petrobras no mercado de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) começa a testar no início de 2010 pelo menos mil unidades do novo botijão feito em polipropileno, na cor cinza, com o logotipo nas cores verde e amarelo.

‘Queremos que o consumidor não sinta vergonha de ter aquele instrumento desengonçado no meio de sua cozinha, mas que ele passe até a fazer parte da decoração’, disse o gerente de Marketing da Liquigás, Robson Tuma, durante evento em que o novo botijão foi apresentado ao setor. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, fez questão de levantar uma unidade (vazia) com apenas uma mão para apresentá-la à imprensa.


Depois da obtenção das licenças ambientais e de segurança, o novo botijão, nos tamanhos de cinco e dez quilos, esperam apenas a provação do Inmetro para começarem a ser comercializados. A opção de reduzir o volume total, segundo o gerente, veio atrelada ao design ergodinâmico do novo botijão, trazer maior facilidade de carregamento tanto para consumidores quanto para entregadores. O peso final foi reduzido de 28 para menos de dez quilos, no caso do menor modelo.


Os testes serão feitos no Rio Grande do Sul, Estado que, segundo dados da Liquigás, teve a melhor aceitação dos botijões de dois quilos lançados recentemente pela empresa, vice-líder do mercado, com 22,5% de market share. ‘A ideia é testar estes botijões num período de seis meses. Se a aceitação for boa podemos ainda dentro deste período estender a experiência para demais estados’, disse o presidente da companhia, Rubens Silvino.

Segundo ele, num primeiro momento os botijões serão oferecidos gratuitamente em troca dos antigos e o custo mais elevado da embalagem não será repassado. Ele não quis informar qual o custo para manutenção destas novas unidades, mas afirmou que a escala deverá zerar esta diferença conforme houver a substituição. Atualmente existem no país cerca de 100 milhões de botijões circulando, com vida útil de até 30 anos.


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