Qualquer pessoa pode detectar a autenticidade de uma cédula de dinheiro. Em todas as notas, estão impressos sinais perceptíveis ao tato e aos olhos. Além da marca d'água, as notas têm partes em alto relevo e desenhos que são vistos contra a luz.
Ensinar os cidadãos a reconhecer esses códigos, combatendo a falsificação está entre os objetivos de uma campanha do Banco Central, lançada nesta segunda-feira (19), que também quer incentivar os homens, principalmente, a deixarem de guardar moedinhas em casa.
Embora não se saiba exatamente quantas cédulas falsas estão em circulação, o BC informou que, neste ano, foram apreendidas 251 mil notas sem valor. No ano passado, foram recolhidas 528 mil. As cédulas mais falsificadas são as de R$ 50, correspondendo a cerca de 60% das apreensões, em maior parte, realizadas na Região Sudeste. A recomendação para quem receber uma dessas notas é entregá-las em qualquer agência bancária.
Com a campanha, além de incentivar o cidadão a reconhecer os sinais de autenticidade, o governo quer "naturalizar" o procedimento. "Às vezes, o comerciante fica constrangido de olhar a nota na frente do cliente. Mas isso tem que ser uma coisa normal, uma questão de segurança. Todo mundo deve olhar a nota", enfatizou o chefe do Departamento de Meio Circulante do BC, Anthero Meirelles, no Rio.
A exibição de peças publicitárias na televisão, no rádio, em filmes, em revistas e na internet, custará cerca de R$ 12 milhões. Haverá também peças reeditadas, incentivando a circulação de moedas, com foco principal no público masculino. De acordo com pesquisa do BC, os homens das classes A e B guardam cerca de 30% das moedas que recebem, percentual superior ao de homens de outras classes de renda.