Um ex-executivo de um banco americano admitiu nesta terça-feira ter usado cerca de US$ 400 mil (R$ 1 milhão) de dinheiro público para comprar uma mansão de veraneio na Flórida.
Darryl Lane Woods, que era presidente de um banco no Estado americano do Missouri, no centro-oeste do país, se declarou culpado diante de um tribunal federal. Ele confirmou ao juiz ter enganado investigadores sobre a utilização dos fundos.
Os recursos vinham do pacote emergencial de ajuda financeira do governo americano. No auge da crise de 2008, os Estados Unidos criaram um programa para salvar os bancos e recuperar a economia, abastecido com dinheiro dos contribuintes.
Para o promotor americano responsável pelo caso, Woods se aproveitou da situação para benefício próprio e de outros executivos. Segundo o promotor, o réu mentiu aos investigadores na tentativa de esconder o seu esquema.
A decisão judicial sobre o futuro de Woods ainda não foi anunciada, mas, se condenado, o ex-banqueiro pode permanecer até um ano preso.
Ele também foi proibido de atuar na área.
O promotor disse ainda que enquanto milhares de americanos perdiam suas casas, Woods desviava recursos públicos para comprar uma casa de veraneio.
A crise financeira de 2008 teve origem no setor imobiliário. Aproveitando-se do bom momento vivido pela economia dos EUA, os bancos passaram a conceder empréstimos inclusive a pessoas que não tinham histórico de bons pagadores, por meio de hipotecas (quando o pagamento da dívida está atrelado ao imóvel, dado como garantia).
Com a turbulência dos mercados, grande parte da população não conseguiu mais pagar os juros dos empréstimos e foi obrigada, então, a abandonar suas casas.