Aconteceu ontem (10), a quarta rodada de negociação da campanha salarial 2014/15 entre o movimento sindical e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Representaram os bancários do Paraná, o presidente da Federação dos Bancários do Estado e presidente do Sindicato dos Bancários de Cascavel e Região, Gladir Basso; Gilberto Lopez Leite, presidente do Sindicato dos Bancários de Ponta Grossa, e Claudecir de Oliveira Souza, presidente do Sindicato dos Bancários de Maringá.
A reunião tinha na pauta a discussão das cláusulas econômicas e começou com a apresentação, por parte dos representantes dos bancários, do índice de 12,5%. A representação da Fenaban classificou o índice como "muito superavitário" e argumentou que demanda agora um debate entre os presidentes dos bancos para a construção de uma contraproposta da entidade patronal e sinalizou que até o próximo dia 19 de setembro apresentará sua visão de reajuste.
Também foram amplamente discutidas na rodada as perdas salariais dos últimos anos, onde a representação sindical deixou claro na mesa que é uma reivindicação praticamente permanente a revisão dessas perdas, ao que a Fenaban rechaçou contra argumentando que discorda disso.
Também os sindicalistas questionaram "salário de ingresso" e "após 90 dias", argumentando que ele discrimina e retarda o crescimento salarial do empregado e pediram pela diminuição do período de experiência de 90 dias.
ASSÉDIO E PLR E AUXÍLIOS
Outro fato marcante na negociação de quarta-feira foram: a apresentação por parte da representação sindical dos bancários, de redação de uma cláusula específica para tratar o assédio moral, a qual foi recebida pela entidade patronal para análise, e o tema PLR, ao qual foi apresentada reivindicação dos bancários de três remunerações brutas mais o valor fixo de R$ 6.944. Para ambos, a Fenaban se comprometeu em analisar.
Os representantes do movimento sindical aproveitaram também para debater as cláusulas dependentes do índice de reajuste, questionando a política de "degraus" existente hoje quando observados os valores de salário de ingresso e "após 90 dias" e também reivindicando R$ 724 para os auxílios alimentação, refeição e creche/babá. Sindicalistas também colocaram na mesa de negociações um pedido de estabilidade de 12 meses para os bancários após o nascimento de seus filhos.
Ao final da rodada os representantes da entidade patronal disseram que pretendem apresentar aos bancários uma proposta econômica ampla em momento futuro.
Não ficou agendada nova data para a próxima rodada em função da Fenaban alegar dependência de agenda dos banqueiros para construção de proposta. A entidade patronal se comprometeu a informar nas próximas horas quando será a nova data de negociações.