Crise
O fechamento de 20 agências do Itaú em municípios do Interior do Paraná, no último dia 19, e o anúncio de que outros 23 pontos de atendimento da instituição (antigas agências do extinto Banestado), também, irão encerrar suas atividades trouxe uma preocupação para o Sindicato dos Bancários de Curitiba: que haja demissões, inclusive na Capital, por conta do remanejamento de funcionários.
''Nós não vamos admitir nenhuma demissão'', avisou a diretora de Comunicação do sindicato e representante da Federação dos Bancários do Paraná, Sônia Regina Sperandio Boz. Para ela, mais que o problema do desemprego, a economia desses municípios pode ficar comprometida com o fechamento das agências, já que alguns deles ficarão sem banco algum. ''A sociedade deveria se rebelar. Onde está a contrapartida social do segmento que mais lucra no País?'', criticou.
Ainda de acordo com a sindicalista, a justificativa do Itaú para o fechamento das agências seria de ''reposicionamento no mercado'', ou seja, de fechar pontos deficitários. Mas, para ela, a iniciativa seria uma forma de represália ao governo do Estado, que retirou suas contas do Itaú, passando para o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
A assessoria de imprensa do Itaú informou que não há confirmação da data de fechamento das 23 agências. A informação do sindicato é de que se daria até o dia 2 de fevereiro próximo.
Em nota oficial, o Banco Itaú admitiu que a suspensão dos serviços prestados ao governo do Estado obrigou a instituição a reposicionar sua rede e encerrar as atividades de algumas agências. Assegurou, no entanto, que todos os funcionários serão realocados para outras unidades. ''Os serviços prestados às respectivas prefeituras e à população local serão transferidos para agências próximas e todos os clientes e autoridades estão sendo comunicados sobre essa mudança com a devida antecedência'', informa a nota.
A nota informa, ainda, que o Itaú tem hoje a maior rede bancária no Paraná, com mais de 350 agências, instaladas em 281 municípios.