Crise
Sem avanços após cinco rodadas de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), bancários de todo o Brasil podem deflagrar greve a partir da próxima segunda-feira (6). Em Londrina, não deve ser diferente. Esta é a expectativa traçada pelo sindicato local. A definição só sairá após assembléia programada para as 19h30 desta sexta-feira (2), na sede do órgão, na avenida Rio de Janeiro, 854. Profissionais de outras três cidades da região - Cornélio Procópio, Arapoti e Apucarana - também vão aceitar ou não o indicativo de paralisação.
Segundo representantes da categoria, a Fenaban apresentou proposta de reajuste de 6,5% e abono de R$ 3 mil. "Esse índice nem chega ao que pretendemos. Reiteramos a necessidade na alteração para 14%. O problema é que isso sequer foi cogitado nas reuniões que tivemos com os patrões ao longo dos últimos dias", afirmou o diretor do Sindicato dos Bancários de Londrina, Wanderley Crivelari. "É claro que o setor econômico fala mais alto em tempos de crise, mas temos várias outras reivindicações, como melhores condições de trabalho, ausência de segurança e contratação de mais funcionários. Tudo isso acaba refletindo no péssimo atendimento prestado aos clientes", disse.
Em Londrina, a adesão ao movimento, caso a greve realmente seja confirmada, deve ser gradativo. "Historicamente, temos o praxe de preservar o serviço aos aposentados e pensionistas, além de manter o funcionamento dos caixas eletrônicos", disse Crivellari. A assembléia da próxima sexta-feira vai definir se o fechamento das agências será total ou parcial. A cidade comporta 87 bancos e cerca de 2.100 funcionários. A última greve em Londrina aconteceu em outubro do ano passado, quando o atendimento ao público foi suspenso por 21 dias.