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Bancários mantêm greve sem perspectiva de negociação com patrões

19 set 2016 às 14:10

Com os braços cruzados há mais de 15 dias, bancários de todo o Brasil seguem com mobilizações e convocando os profissionais que ainda não aderiram à paralisação. A resposta da categoria é diferente em cada estado brasileiro. No Paraná, por exemplo, já são mais de 787 agências fechadas e mais de 17 mil trabalhadores em greve, conforme último balanço divulgado na última sexta-feira (16) pela Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito no Paraná (FETEC/CUT-PR). Em Londrina, segundo o sindicato local, o crescimento na participação dos filiados tem sido "de grande representatividade".

De acordo com dados do Sindicato dos Bancários de Londrina (Sindiban), 74 das 78 agências instaladas na cidade estão fechadas. Continuam abertas unidades do Itaú localizadas no Catuaí Shopping e na Universidade Estadual de Londrina (UEL), na Zona Sul. Esta última, porém, só contempla servidores e funcionários da universidade.


Além destas, o Bradesco do Boulevard Londrina Shopping, na região Leste, e o Santander implantado nas dependências no campus Piza da Unopar, na Zona Sul da cidade, não aderiram à greve. "Isso não quer dizer que os funcionários não estejam insatisfeitos. Fica difícil o sindicato mobilizar os bancos que funcionam em locais privados, como universidades e shoppings", argumentou a presidente do Sindiban, Regiane Portieri.


Nas 30 cidades atendidas pelo sindicato, os resultados permanecem positivos. Para esta semana, não há nenhuma rodada de negociação programada, pelo menos por enquanto. "A proposta apresentada pela Fenaban na semana passada foi rejeitada por unanimidade", lembrou Regiane. Os patrões sinalizaram com 7% de reajuste, metade do que os bancários reivindicam. "Não cobre nem inflação", avaliou a representante do Sindiban.


Demissões

No dia 12 de setembro, um funcionário do Itaú que trabalhava em uma agência da Avenida Higienópolis, na região central, foi demitido. A greve da categoria começou uma semana antes. O ato foi repudiado pelo Sindiban, que garantiu não ter recebido novas denúncias. "Foi uma situação isolada. O trabalhador não participava da greve. O banco alegou questões de produtividade para o desligamento", completou Regiane Portieri.


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