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Bancários de Londrina entram em greve nesta terça; Procon orienta consumidores

05 set 2016 às 10:46

Bancários de Londrina e demais cidades paranaenses deflagram, nesta terça-feira (6), uma paralisação por melhores salários. Diante disto, o Procon divulgou uma nota com informações para que os consumidores evitem prejuízos e contratempo durante a greve.

Claudia Silvano, diretora do órgão no Paraná, esclarece que cabe ao credor disponibilizar meios alternativos de pagamento para o consumidor, evitando assim a cobrança de juros ou outros encargos. "É importante, todavia, lembrar que existem opções para realização de algumas transações como pagamentos, por exemplo, que podem ser feitos pela internet, lotéricas, farmácias, mercados e outros", diz no texto.


A entidade de defesa de consumidor orienta ainda que se algum cliente tiver qualquer prejuízo, deve formalizar reclamação em uma das unidades do Procon-PR, podendo também utilizar a plataforma www.consumidor.gov.br para reclamar. Em Londrina, o Procon fica na rua Mato Grosso, 299, no centro.


Greve


A paralisação foi aprovada, em Londrina, durante assembleia realizada na noite da última sexta-feira (2). Em todo o Brasil, a paralisação havia sido anunciada um dia antes. A categoria rejeitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 6.5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 3 mil. Os sindicatos estão afirmando que a oferta ficou abaixo da inflação projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancários.


Em entrevista ao Portal Bonde na última quarta-feira (31), o diretor do Sindicato dos Bancários de Londrina, Wanderley Crivelari, disse que esse índice apresentado pela Fenaban nem chega ao que eles pretendem.


"Reiteramos a necessidade na alteração para 14%. O problema é que isso sequer foi cogitado nas reuniões que tivemos que os patrões ao longo dos últimos dias", explica.


"É claro que o setor econômico fala mais alto em tempos de crise, mas temos outras reivindicações, como melhores condições de trabalho, ausência de segurança e contratação de mais funcionários. Tudo isso acaba refletindo no péssimo atendimento prestado aos clientes", afirma.


Em Londrina, a adesão ao movimento deve ser gradativa. Segundo Crivelari, os bancários preservam o serviço aos aposentados e pensionistas, além de manter o funcionamento dos caixas eletrônicos.

Em Londrina, há 87 bancos e cerca de 2.100 funcionários. A última greve no Brasil foi em outubro de 2015, com agências de bancos públicos e privados fechadas no país inteiro. Na ocasião, a Fenaban havia proposto um reajuste de 10%, quando a categoria reivindicava 16%. O atendimento foi suspenso por 21 dias.


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