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Bancários de Londrina decidem hoje se entram em greve na próxima terça

02 set 2016 às 17:18

Bancários de todo o país decidiram entrar em greve na próxima terça-feira (6), por tempo indeterminado. A informação é da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Uma assembleia foi realizada na quinta-feira (1º) e os sindicatos aprovaram a paralisação.

Em Londrina, a assembleia decisiva será realizada na noite desta sexta-feira (2), às 19h30, na sede do Sindicato dos Bancários, na avenida Rio de Janeiro, 854. Profissionais de Cornélio Procópio, Arapoti e Apucarana também vão aceitar ou não o indicativo de paralisação.


A categoria rejeitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 6.5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 3 mil. Os sindicatos estão afirmando que a oferta ficou abaixo da inflação projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancários.


Em entrevista ao Portal Bonde na última quarta-feira (31), o diretor do Sindicato dos Bancários de Londrina, Wanderley Crivelari, disse que esse índice apresentado pela Fenaban nem chega ao que eles pretendem.


"Reiteramos a necessidade na alteração para 14%. O problema é que isso sequer foi cogitado nas reuniões que tivemos que os patrões ao longo dos últimos dias", explica.


"É claro que o setor econômico fala mais alto em tempos de crise, mas temos outras reivindicações, como melhores condições de trabalho, ausência de segurança e contratação de mais funcionários. Tudo isso acaba refletindo no péssimo atendimento prestado aos clientes", afirma.


Em Londrina, a adesão ao movimento, caso a greve se confirme na assembleia, deve ser gradativo. Segundo Crivelari, os bancários preservam o serviço aos aposentados e pensionistas, além de manter o funcionamento dos caixas eletrônicos.

A assembleia desta sexta-feira vai definir também se o fechamento das agências será total ou parcial. Em Londrina, há 87 bancos e cerca de 2.100 funcionários. A última greve no Brasil foi em outubro de 2015, com agências de bancos públicos e privados fechadas no país inteiro. Na ocasião, a Fenaban havia proposto um reajuste de 10%, quando a categoria reivindicava 16%. O atendimento foi suspenso por 21 dias. (Colaborou Rafael Machado)


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