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Balança tem o menor superávit para fevereiro

01 mar 2010 às 16:35

O superávit de US$ 394 milhões em fevereiro da balança comercial brasileira foi o menor para meses de fevereiro desde 2002, quando o saldo foi positivo em US$ 265 milhões. Por outro lado, segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral, a média diária das exportações de US$ 677,6 milhões e das importações, de US$ 655,7 milhões, é recorde para meses de fevereiro. O secretário destacou o fato desses valores superarem 2008, o melhor ano da balança comercial brasileira.

Para Barral, está havendo uma melhora nos mercados compradores de produtos brasileiros. No entanto, o aquecimento do mercado doméstico tem feito também com que haja o aumento das importações. Para Barral, é justamente o aquecimento da economia brasileira o responsável pelo superávit comercial baixo. Segundo ele, a importação de insumos cresceu 50,1% em fevereiro ante igual período do ano passado.


Além disso, o secretário admitiu que o câmbio ainda é favorável e gera incentivos às importações. "O mercado interno muito aquecido gera o aumento das importações, como de insumos e máquinas e equipamentos", afirmou Barral. Mas ele lembrou que o mercado interno aquecido também gera outro efeito, que é o desvio de parte das exportações para o próprio mercado doméstico, considerando ainda que há um aumento da competição no mercado internacional.


Welber Barral afirmou que o ritmo de recuperação das exportações tem sido mais forte do que o governo esperava. Ele admitiu, inclusive, que se não houvesse essa recuperação além do esperado, a balança poderia ter registrado déficit comercial no mês. Ele, no entanto, destacou que a partir de março terão início os embarques da safra agrícola para o exterior, o que deve reforçar os números das exportações nos próximos meses.

Barral disse não acreditar que a balança comercial registre déficit em 2010. Ele avaliou que a recuperação das vendas externas brasileiras se deve principalmente a uma melhora na demanda pelos mercados emergentes.


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