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Associação de produtores de abelhas nativas conquista certificação federal

Redação Bonde com AEN
24 abr 2017 às 19:34

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- Divulgação/SEAB
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A Associação de Meliponicultores de Mandirituba (Amamel), Região Metropolitana de Curitiba, anunciou neste domingo (23), oficialmente, a obtenção da certificação do Serviço de Inspeção Federal (conhecida pela sigla S.I.F), que permitirá a comercialização, em locais públicos, do mel produzido pelas abelhas nativas sem ferrão. A conquista é resultado do trabalho conjunto de criadores e técnicos, com o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

A falta de regulamentação na meliponicultura restringe a comercialização do mel de abelhas nativas sem ferrão, sendo que a maior parte da produção ficava destinada ao consumo próprio. "Comemoramos com a associação esta vitória depois de todo o esforço junto ao Ministério da Agricultura. A obtenção do selo inaugura um novo tempo para a meliponicultura paranaense", afirmou o secretário Norberto Ortigara.

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No Paraná existem cerca de 35 espécies de abelhas sem ferrão, mas apenas 15 tem potencial para produção de mel. Estima-se que existam mais de 5 mil produtores espalhados pelas diversas regiões do Estado.

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MAIS AVANÇO – Além da obtenção do selo, outro grande avanço para este segmento, ressalta Ortigara, é que a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), vinculada à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, acaba de lançar a Portaria 63/2017, documento que estabelece o regulamento técnico para questões referentes à identidade e qualidade do mel das abelhas sem ferrão, no Paraná.

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ABRE PORTEIRA - É uma comemoração dupla, segundo o presidente da Amamel, Marcos Antônio Dalla Costa. "Abrimos uma porteira bem pesada, depois de cinco anos de trabalho. Essa conquista vai beneficiar nossos associados, mas também abrir novas oportunidades para produtores de outras regiões", afirmou Dalla Costa.


Criada em 2009, a Amamel reúne 20 associados, que chegam a produzir mais de 1000 quilos de mel por ano. "Com um bom manejo, é uma atividade rentável, com um valor agregado maior que a apicultura", destaca. Hoje o quilo do mel das abelhas nativas varia de R$ 80,00 a R$ 100,00 enquanto o da apicultura fica em torno de R$ 30,00.

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SUSTENTABILIDADE - Segundo o técnico Valcir Inácio Wilhelm, responsável pela área de meliponicultura e recursos naturais do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia, também pertencente à Secretaria da Agricultura, esta é a primeira associação a receber o SIF no Paraná. Isso, segundo ele, deverá estimular a entrada de novos criadores e abrir caminho para outras associações.


"A criação racional de abelhas nativas sem ferrão é uma eficiente atitude para resgatarmos e preservarmos estes insetos, que direta ou indiretamente responsáveis pela polinização de 65% dos vegetais consumidos pelos humanos", explica.

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PROJETO - Desde a criação da Câmara Técnica, em 2011, ocorreram diversos avanços, entre eles a elaboração do Projeto de Lei 225/2016, que regulamenta a criação, manejo, comércio e transporte de abelhas sem ferrão, que está tramitando na Assembleia Legislativa.


Segundo Humberto Bernardes Júnior, engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral) e secretário-executivo da Câmara Técnica, a criação destas abelhas tem papel fundamental para a sustentabilidade da agricultura. "É importante a conscientização e capacitação de novos produtores para preservarmos estes insetos".

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CAPACITAÇÃO - O Centro Paranaense de Referência em Agroecologia, promove em maio (dias 4, 5, 8 e 9) de 2017, o curso Criação racional de abelhas nativas. São 32 horas de conteúdo sobre temas relacionados ao universo da criação de abelhas nativas.


O curso abordará as diferenças entre as abelhas do gênero Apis, usadas na apicultura, e as abelhas do gênero Melipona, usadas nas meliponicultura e também conhecidas como abelhas sem ferrão.

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Valcir Wilhelm ressalta a potencialidade que a meliponicultura representa para propriedades familiares de base agroecológica, pois diferentemente da apicultura, pode ser desenvolvida em propriedades situadas em regiões de maior concentração populacional.


" Mesmo jardins residenciais e centros urbanos, por exemplo, podem ser locais propícios para a criação de abelhas sem ferrão – desde que haja, nas proximidades, remanescentes de mata ou espécies de flores que sirvam de fonte de alimento para esses insetos", explica.

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Serviço:


Curso Criação racional de abelhas nativas


Data: dias 4, 5, 8 e 9 de maio de 2017


Horário: 8h às 17h


Custo: Gratuito


Local: Sede do CPRA


Estrada da Graciosa, 6960, CEP 83327-055, Pinhais (PR)

Telefone: (41) 3544-8100.


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