A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) voltou a negar pedido da Copel para adiar o cronograma das obras da usina Colíder. Leiloada em 2010, a hidrelétrica deveria ter começado a gerar energia no fim de 2014, mas só deve ficar pronta em 1º de maio deste ano, de acordo com a companhia. Na reunião desta terça-feira, 14, a Aneel manteve decisão tomada em junho do ano passado, em que já havia negado a solicitação da Copel.
A Copel alegou uma série de problemas para cumprir o prazo para entrar em operação comercial, como atos de vandalismo no canteiro de obras, burocracias na concessão do licenciamento ambiental e falência da empresa Wind Power Energy, responsável pelo fornecimento de equipamentos, entre outros.
Com a negativa, a usina fica obrigada a comprar, no mercado de curto prazo, a energia que deixou de entregar às distribuidoras, que atendem o consumidor final. Esse tem sido o entendimento que o órgão regulador em casos semelhantes de excludente de responsabilidade, como o das usinas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Paralelamente, a Copel entrou com pedido para alterar o cronograma da usina no Ministério de Minas e Energia. Embora a decisão final seja do MME, a diretoria da Aneel recomendou à pasta que indefira pedido de prorrogação do contrato de concessão da usina.
A usina está em construção no Mato Grosso. Quando ficar pronta, terá potência instalada de 300 MW. A previsão da Copel é que a primeira unidade geradora entre em operação comercial em maio. A empresa não apresentou novas datas para a entrada em operação da segunda e da terceira turbina.