O alongamento do prazo de pagamento do empréstimo de R$ 21,2 bilhões para o setor elétrico terá um impacto médio de 5 a 6 pontos porcentuais nas tarifas de energia nos próximos cinco anos. Esse também deve ser o patamar médio dos reajustes anuais na conta de luz a partir deste ano, de acordo com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino. "Os reajustes anuais terão basicamente o custo do empréstimo para repassar e devem ser dessa ordem de grandeza", disse Rufino.
O empréstimo foi feito para cobrir as despesas das distribuidoras com a compra de energia em 2014. Inicialmente, ele seria pago em dois anos e teria um impacto entre 10 pontos porcentuais e 13 pontos porcentuais nas tarifas. Como o prazo foi estendido, os juros também aumentaram.
A terceira tranche do financiamento, de R$ 3,4 bilhões, deve ser liberada até o dia 31 de março, com juros de CDI mais 3,15% ao ano. A primeira parcela, de R$ 11,2 bilhões, teve CDI mais 1,9% ao ano, e a segunda, de R$ 6,6 bilhões, CDI mais 2,35% ao ano.
Esse será o último empréstimo para socorrer as distribuidoras. Os custos extras que as empresas terão neste ano já foram integralmente repassados para as tarifas neste ano, por meio de um reajuste extraordinário, no fim de fevereiro, e pelo sistema de bandeiras tarifárias, que transfere a despesa para a conta de luz do consumidor todos os meses.