A Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) enviou nota à imprensa nesta segunda-feira (8) criticando o fechamento das lojas do comércio de rua durante o feriado municipal da próxima sexta-feira (12), quando será comemorado o dia do Sagrado Coração de Jesus, o Padroeiro da cidade. Na nota, o presidente da Acil, Valter Orsi, definiu como "contrassenso" os comerciantes e empresários serem obrigados a fechar as portas em uma "das três mais importantes datas do varejo".
"Respeitamos o feriado do Padroeiro da cidade, mas entendemos que o comerciante deve ter liberdade para abrir ou não as portas na data", destacou Orsi no comunicado. Ele também lembrou que os shoppings e supermercados funcionarão normalmente na próxima sexta-feira. "Onde está a isonomia? É uma injustiça terrível penalizar somente os empresários e trabalhadores do varejo do centro da cidade", argumentou.
Na avaliação do presidente da Acil, "todos perdem" com o fechamento dos estabelecimentos: "Os lojistas (que terão prejuízos), a população (que fica sem escolha) e os empregados (que deixam de ganhar comissões em um dos dias mais movimentados do ano)".
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O "mais justo e racional", conforme Orsi, seria a transferência do feriado do comércio para a próxima segunda-feira (15).
Confira, abaixo, a nota da Acil na íntegra:
Como ensina a Bíblia, o feriado foi feito para o homem, não o homem para o feriado. Neste momento de crise econômica, em que a cidade luta com todas as forças para evitar o fechamento de lojas e a demissão de trabalhadores, é no mínimo um contrassenso que o comércio do Centro de Londrina seja obrigado a fechar as portas numa das três mais importantes datas do varejo, o dia 12 de junho.
Respeitamos o feriado do Padroeiro da cidade, mas entendemos que o comerciante deve ter liberdade para abrir ou não as portas na data. Aliás, convém lembrar que outras formas de varejo – como os shoppings e supermercados – funcionarão normalmente no Dia dos Namorados. Onde está a isonomia? É uma injustiça terrível penalizar somente os empresários e trabalhadores do varejo do centro da cidade. Todos perdem: os lojistas (que terão prejuízos), a população (que fica sem escolha) e os empregados (que deixam de ganhar comissões em um dos dias mais movimentados do ano).
Transferir o feriado do comércio para o dia 15 seria uma atitude muito mais justa e racional. Ainda há tempo para que o Sindicato dos Empregados do Comércio tenha um gesto nobre e deixe de causar esse mal à cidade e aos seus associados. Afinal, o momento é de união e trabalho contra a crise.