Abastecer os carros flex com etanol está vantajoso apenas em Mato Grosso, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pela Agência Estado, referentes à semana encerrada hoje. Para efeito de comparação, seis meses atrás o etanol era competitivo em 21 dos 26 Estados e Distrito Federal. Os preços médios subiram em 25 Estados e no DF nesta semana, e caíram apenas no Acre.
O Estado de São Paulo, que concentra mais de 50% do consumo de etanol no País, perdeu a competitividade em relação à gasolina, na média dos preços compilados pela ANP. Considerando o preço médio da gasolina de R$ 2,465 por litro, o etanol hidratado é competitivo até R$ 1,7255 e, na média da ANP, o preço em São Paulo ficou em R$ 1,824 por litro, 5,7% acima do ponto de equilíbrio entre gasolina e etanol.
Atualmente, o etanol permanece vantajoso apenas em Mato Grosso, que tem registrado aumento da produção de cana, mas que ainda não possui formas eficientes de escoar todo o etanol produzido. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a álcool é de 70% do poder no motor à gasolina. No cálculo, são utilizados valores médios coletados em postos em todos os Estados e no DF. Abastecer com gasolina está vantajoso em 25 Estados e, em Tocantins, é indiferente o uso do etanol ou da gasolina no tanque de combustível.
Segundo o levantamento, em Mato Grosso o preço do etanol está em 62,96% do da gasolina. A gasolina está mais vantajosa principalmente no Rio Grande do Sul (preço do etanol é 88,86% do valor da gasolina), Espírito Santo (81,74%), Piauí (81,25%) e Pará (80,83%).
Preços
Segundo a ANP, o preço mínimo registrado para o etanol foi de R$ 1,229 por litro, em Pernambuco. O preço máximo foi de R$ 2,70 por litro, no Rio Grande do Sul. Na média de preços, o menor foi o de Mato Grosso, a R$ 1,708 por litro e o maior preço médio foi registrado no Rio Grande do Sul, a R$ 2,314 por litro.
O levantamento também revela que os preços médios do etanol combustível subiram nos postos de 25 Estados e o DF no período analisado. As cotações caíram apenas no Acre (-3,15%). As maiores altas foram registradas no Rio Grande do Norte (+7,39%), Rio de Janeiro (+6,63%) e Tocantins (+6,41%).