Economia

Não tinha papel, por isso fizemos nota de R$ 200, diz Bolsonaro

04 set 2020 às 08:38

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) explicou em live nesta quinta-feira (3) as razões de o Brasil ter lançado nesta semana a nota de R$ 200. Disse que não havia papel-moeda e que não se podia falar isso para não gerar uma corrida aos bancos.


"Agora eu posso falar, na época eu não podia: por que a nota de R$ 200? Muita gente criticando: 'vai facilitar a corrupção, vai caber mais dinheiro na cueca do que nota de R$ 100 ou R$ 50, a lavagem de dinheiro'. A gente não tinha papel, pessoal. Por isso pagamento por cartão, o pagamento virtual. Ficamos quietos porque senão haveria uma corrida aos bancos", disse Bolsonaro.


Ele também afirmou que agora esta questão "já praticamente está solucionada".


Bolsonaro disse ainda que a figura é um lobo-guará porque esta nota já estava pronta, mas que, por ele, o país teria uma nova família de cédulas homenageando personalidades como Pedro Álvares Cabral e Dom Pedro.


A nova nota de R$ 200 entrou oficialmente em circulação nesta quarta-feira (2). Serão produzidas 450 milhões de unidades até o fim do ano, o equivalente a R$ 90 bilhões.


Segundo o BC, o lançamento da nova nota tem o objetivo de atender maior demanda por papel-moeda com o pagamento do auxílio emergencial. Além disso, com a pandemia do novo coronavírus, aumentou o entesouramento (o dinheiro fica parado na mão das pessoas).


O BC identificou a necessidade de R$ 105,9 bilhões em papel-moeda após o início da pandemia, que teriam de ser impressos até o fim do ano. Segundo a diretora, 21% das cédulas em circulação são de R$ 100 e 32% são de R$ 50. As notas de menor valor de face são mais escassas: 18% de R$ 2, 8% de R$ 5, 9% de R$ 10, e 12% de R$ 20.


O BC já estudava criar a cédula e, mesmo após a normalização da demanda, não pretende tirar o novo valor de face e circulação.

A autoridade monetária gastará R$ 113,8 milhões a mais do que o previsto no orçamento anual para a produção das novas notas e para a impressão de mais 170 milhões de cédulas de R$ 100.


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