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Crise econômica

Na pandemia, vendas caíram em mais da metade das empresas do país

Diego Garcia - Folhapress
30 jul 2020 às 10:30

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- Rovena Rosa/Agência Brasil
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Mais da metade (50,7%) das 2,8 milhões de empresas em funcionamento no Brasil na segunda quinzena de junho, no auge da pandemia da Covid-19 no país, registraram queda nas vendas, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (30).

O comércio de veículos, peças e motocicletas foi o mais atingido, assim como os serviços prestados às famílias, ambos com quedas de 62,2%.

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As empresas de pequeno porte, com até 49 funcionários, sentiram mais a crise causada pela pandemia do que grandes companhias, com 500 funcionários ou mais, onde 41,6% perceberam impacto menor ou inexistente mesmo com o atual momento sanitário vivido no Brasil.

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Segundo o IBGE, 62,4% das empresas perceberam impactos negativos causados pelos impactos do novo coronavírus em suas atividades.

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O avanço da Covid-19 no país, que prolongou o fechamento do comércio para promover o distanciamento social como forma de combate à proliferação do vírus, afetou 65,5% de 1,2 milhão de empresas de serviços, especialmente aqueles prestados às famílias (86,7%).


Os serviços prestados às famílias incluem bares, restaurantes e hotéis, atividades que dependem de circulação de pessoas, turismo e viagens e acabaram suspensas ou realizadas de forma parcial ao longo da pandemia.

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"Era de se esperar que essas atividades fossem mais impactadas", disse Flávio Magheli, coordenador da pesquisa do IBGE.
No comércio, 64,1% de 1,1 milhão de empresas perceberam reflexos negativos na pandemia, número que fica ainda maior no segmento de veículos, peças e motocicletas (74,9%).


"Esse segmento também foi afetado pelo funcionamento parcial dos Detrans e das concessionárias, além da decisão de compra de um bem durável que tem de ser bem pensada pelas famílias em em momento de desemprego e de incertezas", afirmou Maghelli.

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Já na indústria, o impacto negativo foi percebido por 48,7% das 306 mil empresas. Na construção, esse número atingiu 53,6% das 153 mil companhias do setor.


Na análise regional da pesquisa, o Nordeste viu 72,1% das empresas serem atingidas negativamente pela pandemia.
Entre as grandes regiões, o Nordeste é onde as empresas foram mais atingidas pela crise do novo coronavírus (72,1%), seguido por Sudeste (65%) e Centro-Oeste (62,9%).


Os dados fazem parte da segunda edição da pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas empresas, lançada pelo instituto no início de julho. As divulgações acontecem de forma quinzenal.

Na primeira divulgação, o IBGE já havia informado que 1,3 milhão de empresas brasileiras estavam com atividades suspensas ou encerradas na primeira quinzena de junho. Deste total, 522 mil disseram que a pandemia motivou a decisão.


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