Economia

Movimentação de cargas cresce 25% em Paranaguá

15 jun 2001 às 09:16

Grupos de armadores dos EUA, México e Caribe voltaram a escalar o Porto de Paranaguá para a rota de seus navios. Eles estão redescobrindo o porto paranaense, atraídos por preços mais competitivos. A movimentação no Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), repassado à iniciativa privada em 1998, reflete o aumento das escalas dos navios.

Nos primeiros cinco meses do ano, a movimentação de cargas no TCP registrou um crescimento de 24,88%. No período janeiro a maio deste ano, foram movimentados 110.702 TEUs (unidade de contêineres), enquanto no mesmo período do ano passado foram movimentados 88.646 TEUs. Se a movimentação deste ano for comparada com 1999, o crescimento foi ainda maior: 71,2%.


Houve um aumento significativo também no número de navios que estão fazendo escala no TCP - em abril de 2001 foram 40, número que saltou para 50 em maio. "O aumento no número das escalas é grande, mas o que surpreende é o numero de contêineres movimentados", avalia o gerente do TCP, Marcelo Marder. Segundo ele, cresceu muito a importação de autopeças para abastecer as montadoras e as empresas que fornecem para as montadoras, localizadas no pólo automotivo.


Até o final de 2001, a expectativa do TCP é movimentar entre 270 mil e 280 mil TEUs, o que deve manter o crescimento de 70% em relação a 1998, quando foram movimentados 160 mil TEUs. O aumento na movimentação de contêineres vem ocorrendo nos últimos três anos por uma combinação de fatores. "Entre eles estão os investimentos feitos na infra-estrutura no TCP e a expansão e desenvolvimento do perfil industrial paranaense", justifica Marder.

A movimentação de cargas em contêineres em Paranaguá continua tendo um perfil equilibrado entre importação e exportação. Do total movimentado nos cinco primeiros meses de 2001, 53% são de contêineres para importação, com 58.783 TEUs. Os outros 47% são de exportação. Entre os principais produtos movimentados na importação estão papel e celulose, resinas e polímeros, autopeças, pneus, produtos químicos e produtos alimentícios. Já na exportação os principais produtos são madeira, frango e derivados (congelados), cerâmica, algodão e café solúvel.


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