As montadoras do Pólo Automotivo do Paraná acenam negociar com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba a antecipação de reajuste salarial, para evitar a greve que pode ser deflagrada a partir de terça-feira.
A Volvo e a Renault já formalizaram a intenção de apresentar uma proposta de negociação na segunda-feira. A Volkswagen/Audi e o Parque Industrial de Curitiba (PIC), representado pelo Sindimetais, não se manifestaram.
Nesta sexta-feira encerrou o prazo de 48 horas, oficializado pelo sindicato, para realização de assembléias com o objetivo de extrair um indicativo de greve do movimento, denominado Campanha Salarial de Emergência.
Os metalúrgicos estão reivindicando uma antecipação salarial de 13%, para cobrir as perdas provocadas pela inflação no período de setembro do ano passado a fevereiro, desse ano.
Segundo o sindicato, os trabalhadores das montadoras cruzaram os braços por duas horas, em protesto contra a má vontade das empresas em negociar as perdas salariais. A paralisação não atingiu a Renault, cujo prazo para realização da assembléia é de 72 horas.
Na Volvo, a direção da empresa nega que houve paralisação, admitindo apenas a realização da assembléia antes do expediente. A Volks não quis se manifestar sobre a paralisação. O sindicato afirma que 3,5 mil trabalhadores da Volks, Volvo e Parque Industrial de Curitiba paralisaram as atividades.
Segundo a assessoria da Volvo, a empresa está avaliando a proposta de antecipação, mas não definiu nada sobre o assunto. A montadora pretende discutir com o sindicato na rodada de negociações prevista para esta segunda-feira. A Renault também ficou de apresentar uma proposta na segunda.
Caso não ocorra um diálogo com as montadoras, como algumas estão acenando,''a categoria deve entrar em greve na terça-feira'', avisou o Sindicato dos Metalúrgicos.