O mercado financeiro voltou a projetar uma elevação no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) depois de quatro semanas de estimativas de queda.
Segundo o Banco Central, na semana passada a expectativa dos investidores e analistas de mercado para a inflação pelo IPCA subiu de 12,13% para 12,17% no ano.
O índice é usado pelo governo para estabelecer a meta de inflação, ajustada neste ano em 8,5%.
A expectativa para o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da Universidade de São Paulo) também subiu e passou de 11,01% para 11,05%.
Por outro lado, o IGP-DI registrou queda de 12,59% para 12,56% e o IGP-M passou de 13,50% para 13,28%. Para o IPCA, a projeção do mercado em 12 meses ficou estável em 8,22%.
O mercado também manteve em R$ 3,30 a projeção para a taxa de câmbio no ano.
Para a taxa básica de juros (Selic), está prevista queda de 22% para 21,5%.
A expectativa para o déficit em conta corrente, porém, piorou mais uma vez e passou para US$ 4 bilhões, contra os US$ 3,80 bilhões da pesquisa anterior.
Os investimentos estrangeiros diretos foram reduzidos de US$ 12 bilhões para US$ 11,5 bilhões e a balança comercial, mantida em US$16 bilhões.
Para 2004, o mercado projeta queda do IPCA de 7,60% para 7,58%, mantém em 8% as expectativas para IGP-DI e para o IGP-M, mas eleva o IPC-Fipe de 7,01% para 7,09%. A Selic cairia para 16,5%.