No papel, nos cosméticos, nos alimentos, nas roupas e numa infinidade de outros produtos do dia a dia, o homem tem uma relação estreita com a madeira há muito tempo. Nas moradias não é diferente, a madeira foi muito utilizada na construção de casas em décadas passadas, mas foi perdendo espaço para a alvenaria.
As construções baseadas em cimento e tijolos compõem um setor poluente, principalmente no que diz respeito à emissão de gases para a atmosfera e geração de resíduos sólidos. Nesse cenário, o Paraná tem potencial para encabeçar o retorno da madeira para as casas, já que é responsável por um quarto de toda a madeira produzida no Brasil.
Professor do curso de arquitetura e urbanismo da UEL (Universidade Estadual de Londrina), Jorge Daniel de Melo Moura estuda sobre a utilização da madeira na construção civil há mais de três décadas.
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O projeto “Desenvolvimento de novos materiais, produtos e elementos construtivos para a construção em madeira” é responsável por pesquisar as diversas formas em que a madeira pode ser empregada na construção, que vão desde a sustentação e estrutura até o revestimento e ornamentação.
RENOVÁVEL
Moura afirma que um dos principais benefícios da utilização da madeira na construção é o fato de ela ser renovável, ou seja, após retirar uma árvore para utilizar o material como base construtiva, o ciclo pode recomeçar.
Além disso, a madeira é o único material construtivo que faz o sequestro de dióxido de carbono (CO2), reduzindo a emissão de gases na atmosfera. “Do ponto de vista ambiental, é excelente”, afirma.
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