Londrina e Ponta Grossa estão disputando um megainvestimento de US$ 200 milhões da multinacional do setor de embalagens longa vida Sig Combi Bloc.
O grupo suíço, radicado na Alemanha, decidiu investir em duas grandes fábricas, sendo uma na China e outra na América Latina.
Na América Latina, a escolha recaiu sobre o Brasil e entre os estados, o Paraná foi escolhido.
A decisão, agora, está entre as duas cidades disse o secretário da Indústria e Comércio de Ponta Grossa, Sidney Schnekemberg.
A definição da cidade que vai receber o investimento deve ocorrer nos próximos dias.
Os diretores da multinacional já visitaram Londrina e Ponta Grossa fizeram contato com dirigentes dos municípios, que detalharam as potencialidades de cada região.
Inicialmente, o grupo vai investir US$ 100 milhões, mas se compromete a investir outros US$ 100 milhões no prazo de cinco anos, porque pretende ser a fornecedora de embalagens longa vida para toda a América Latina.
Ela vai concorrer com outra multinacional do setor, a Tetrapack, instalada em Ponta Grossa. A previsão é que a nova indústria possa gerar entre 300 e 400 empregos diretos.
Os dois municípios estão empolgados com a possibilidade de sediar a indústria, cujo grupo fatura US$ 2 bilhões por ano.
Para isso, estão lutando com as armas que têm para atrair o investimento.
Elas oferecem o terreno para instalação da indústria, que são aproximadamente 100 mil metros quadrados e isenção de impostos municipais.
Londrina tentou convencer os empresários alemães, argumentando que a cidade está próxima do maior consumidor do Brasil, que é São Paulo.
Segundo o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Londrina (Codel), João Rezende, o município está a 200 quilômetros do interior de São Paulo e a 400 quilômetros de Curitiba, que corresponde a uma localização estratégica dentro do Mercosul.
Além disso, oferece facilidade de mão-de-obra capacitada em processos de automação, como vai demandar a indústria.
Ponta Grossa argumentou com os empresários alemães, que tem matéria prima disponível com facilidade na região e posição logística que facilita a exportação de produtos.
As maiores fábricas de papel e papelão do País ficam a uma distância de 60 a 100 quilômetros da cidade.
Entre as vantagens de Ponta Grossa, de acordo com o secretário da Indústria e Comércio, é que ela sedia o maior entroncamento rodoferroviário do Estado, está a 120 quilômetros de Curitiba e a 200 quilômetros do segundo maior porto brasileiro, que é o Porto de Paranaguá.
''Tudo interligado por pista dupla'', detalhou Schnekemberg.