O presidente da Fetranspar, a federação das empresas de transporte, Walmor Weiss, reagiu ontem ao saber que o imposto será novamente antecipado, e garantiu que a entidade vai protestar contra a medida. "O governo quase perdeu as eleições para a Prefeitura de Curitiba por pura falta de sensibilidade. A população do Paraná merece mais respeito", desabafou Weiss, irado com a notícia de que a antecipação voltou à pauta dos deputados.
"É uma bomba atrás da outra. Como se não bastasse termos que nos preparar para o aumento das tarifas do pedágio (cobradas nas rodovias do Anel de Integração), agora vem a antecipação do IPVA", reclamou. Weiss afirmou que dezembro costuma ser um mês muito pesado para o setor, tanto para os empresários quanto para os assalariados. "É pagamento de 13º de funcionário, faculdade de filho, gastos com festas. Ter que arcar com o IPVA em janeiro é novamente um absurdo", arrematou ele.
O presidente da Fetranspar não deu detalhes ontem do tipo de protesto que a categoria pretende colocar em execução. Mas assegurou que vai organizar uma reação.
O secretário do Governo, José Cid Campêlo Filho, disse ontem, em entrevista por telefone, que todos têm o direito de protestar, mas o Palácio Iguaçu não vai voltar atrás e mudar os termos da mensagem. De acordo com Campêlo, o desconto permanece na casa dos 12% e o número de parcelas não vai sair de três, como está fixado na mensagem. O secretário afirmou ainda que o Palácio Iguaçu já esperava receber críticas.