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IPC FIPE: férias escolares e frio pressionam índice para cima na 3ª quadrissemana; expectativa é de nova alta no fechamento do mês
... A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) divulgou hoje (27/jul) o resultado do índice de preço ao consumidor (IPC) referente à 3ª quadrissemana de julho. O IPC FIPE apurou alta de 0,17% ante uma variação nula (0,0%) na quadrissemana imediatamente anterior. Nossa projeção para esta quadrissemana apontava para uma alta mais moderada: 0,13%.
Novamente a alta do IPC FIPE ficou por conta dos grupos Transportes, Despesas Pessoais e Vestuário. O grupo Alimentação foi o único a registrar deflação (-0,96%), porém, tem se mantido em trajetória ascendente desde a 1ª quadrissemana do mês, devendo reverter sua variação negativa para positiva já em agosto.
Já o grupo Vestuário, por sua vez, acelerou a alta observada nas últimas duas quadrissemanas e apurou alta de 1,02% contra 0,77% na 2ª quadrissemana e 0,02% na 3ª quadrissemana de junho. Esse movimento de alta dos preços dos vestuários decorreu do retorno das baixas temperaturas, pois, na entrada da coleção outono-inverno, que ocorre entre maio e junho, não foi possível imprimir reajustes de preços devido ao clima atípico para esta época do ano. Com esse cenário, nossa expectativa é de que o grupo Vestuário encerre o mês de julho com variação próxima de 1%.
Por fim, o grupo Despesas Pessoais, que passou de 0,59% na 2ª quadrissemana para 1,02% nesta quadrissemana, teve sua alta foi influenciada pelos tradicionais reajustes nos serviços de entretenimentos nesse período de férias escolar (clubes, cinemas, teatros, academia de ginástica, etc.). Ou seja, encerrado o período de férias a tendência é de que este grupo recue consistentemente ao longo do mês de agosto.
EXPECTATIVA PARA O IPC FIPE DE JULHO
Para o mês de julho,nossa expectativa aponta para uma alta de 0,33% no IPC FIPE.A taxa no mês teria ficado ainda maior se não fosse a redução nos preços da tarifa de energia elétrica residencial de aproximadamente 2,5%. Tradicionalmente, as tarifas de energia elétrica para a região metropolitana de São Paulo são reajustadas no dia 04 de julho. Porém, neste ano houve redução da tarifa de energia ao consumidor devido alguns fatores, a saber: i) o resultado do leilão de energia elétrica apresentou preços menores que a expectativa inicial; ii) valorização do Real frente ao Dólar no período que compreende o reajuste; iii) seguidos registros de deflação no IGP-M e; iv) a redução do subsídio na tarifa de energia elétrica industrial que resultou em maiores reajustes para essa categoria e menores para o consumidor residencial.