A instalação de uma nova linha telefônica em Curitiba pode durar bem mais do que dois meses. É o que está sendo constatado pela empresária Lúcia Cristina da Luz, que há 60 dias pediu a instalação de um novo telefone e ainda não obteve o serviço.
Lúcia, devido a demora, solicitou a transferência de uma linha de outra região para o escritório e o serviço foi concluído em dois dias. "A diferença é que uma linha nova custa R$ 13,60 enquanto a transferência fica em R$ 73,00", afirma. "Nós não podemos nem fazer cartão de visita porque não temos o número do telefone futuro."
Segundo Luis Carlos Valle Ramos, gerente regional do mercado residencial da Telepar Brasil Telecom, a prioridade na transferência é uma determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Faz parte dos indicadores de qualidade da Anatel a transferência de terminais em até três dias úteis. Já as novas habilitações ainda não têm prazo definido. Elas são feitas por ordem de inserção na lista de espera.
"O prazo para as novas habilitações varia de acordo com o tamanho da fila em cada central", explica Valle Ramos. "No caso dessa cliente, ela está ligada à maior central telefônica da América Latina, que tem uma demanda muito grande". Segundo o gerente da Telepar, só na quarta-feira, dia 27, foram comercializados 1,5 mil terminais para a central da Água Verde.
Como a incrição de Lúcia da Luz tem apenas dois meses, a empresa não tem previsão para a habilitação. "Nosso prazo é terminar com a fila de espera até abril de 2001, antes disso não há garantias para clientes em regiões de grande demanda". No caso da operadora espelho de telefonia fixa para o Paraná, a GVT, os telefones só começam a ser instalados em fevereiro.
Leia mais em reportagem de Emerson Cervi, na Folha do Paraná desta sexta-feira