Economia

Ingleses querem ampliar comércio com o Brasil

16 ago 2001 às 12:14
O braço comercial do governo britânico (Trade Partners UK) e a Associação Brasileira da Indústria de Eletroeletrônica (Abinee), da regional Paraná, iniciaram ontem um processo de negociação para incrementar o comércio e parceria entre a Inglaterra e o Brasil. O objetivo do Trade Partners é aumentar a participação no mercado brasileiro, passando de 2% a 3% em três anos.
De acordo com o promotor de exportações britânico, Paul Eadie, essa foi a primeira reunião desse tipo feita no Brasil. "Vamos encorajar acordos com a Abinee, e esperamos ver resultados em dois ou três meses", afirmou. Eadie, junto com o cônsul britânico no Paraná, Peter Russel, também esteve reunido ontem com a presidência da Associação Comercial do Paraná (ACP).
O gerente regional da Abinee, Márcio Ansbach Zanetti, disse que no ano que vem deve ser posto em prática uma missão conjunta entre os dois países, em um segmento de mercado específico, como telecomunicações ou microeletrônica. A medida beneficiaria cerca de 300 empresas ligadas à Abinee. "O cônsul disse que iria buscar apoio financeiro do governo britânico para que possamos organizar a missão", relatou Zanetti. Segundo ele, o Trade Partners demonstrou muita disposição em acionar os canais de negociação entre Inglaterra e Brasil.
A intensificação de negócios com a Inglaterra é vista como um caminho importante por Zanetti. Segundo ele, as exportações do setor de eletroeletrônicos foram bastante prejudicadas pela desaceleração econômica dos Estados Unidos e pela crise na Argentina. Segundo a Abinee, 34,54% das exportações brasileiras da área vão para os Estados Unidos, e 26% para a Argentina. "Só como exemplo, nos últimos meses a exportação de celulares caiu 77%", disse. Ele contou que a estimativa de vendas externas para este ano é de R$ 50 bilhões, um aumento de apenas 10% em relação ao ano passado. A meta inicial era atingir R$ 60 bilhões.

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